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Não leve a sua parede à sério. Aliás, sua casa inteira.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Sabe do que eu mais sinto saudade da infância? Daquela imaginação infinita e ilimitada que toda criança tem. Para ela, qualquer lata vazia vira um tambor, palitos alinhados viram um exército inteiro, um pano de prato, o véu da princesa e um giz no chão logo se transformava numa amarelinha ou num grande sol, num pedido desesperado para a chuva dar uma trégua e deixá-la finalmente sair pra brincar lá fora.


Aliás, BRINCAR... Em que momento da vida a gente fechou o olho, abriu de novo e parou de brincar? Você se lembra? Eu não... Quando foi que essa imaginação fértil que nos permitia o "fazer de conta" cedeu lugar às preocupações? Quando essa criatividade toda foi suprimida pela insegurança, incerteza, pelo tal do medo de errar? Acontece, literalmente, num piscar de olhos, né? Quando a gente percebe, a gente já passou a levar a nossa vida tão à sério... E a nossa casa, como parte fundamental da nossa vida, acaba absorvendo essa seriedade por consequência. Desde quando a gente precisa levar a nossa casa tão à sério?


Quer um exemplo? Fico pensando naquelas pessoas que têm medo de pintar a própria parede de casa. Acho até graça! Tudo bem, você pintou sua parede e não deu certo. E agora? Ficou manchada? Ficou esquisita? Mas ficou da cor que você queria? Então, na minha opinião, já valeu à pena! Você parou de brincar no momento em que você passou a preferir a sua parede na cor gelo do que na sua cor favorita, por medo de errar.




E o que me enche de orgulho ao receber amigos aqui em casa é que eles saem daqui com um pouquinho mais de vontade de brincar na casa deles. Por que aqui, a casa não é só de colorir, mas também é de brincar. E tem coisa mais prazerosamente engraçada do que ver um adulto brincando? Espia só o último jantar que teve aqui em casa: coloquei todo mundo para testar meu novo projetinho. :)







E a minha vontade não é que você jogue um balde de tinta na parede, faça uma cagada e ache uma beleza não! Acho que cada um tem um limite. Mas qual é o seu? Tem gente que nem o seu limite sabe. Para quem gostou da parede pintada com lousa escolar, queria uma igual, mas acha que esse projeto está no nível 9.8 na sua escala de ousadia, ao invés de desistir, por quê não adaptar a idéia à sua escala?
Aproveita que o Natal acabou de passar e você deve estar cheio de caixa de presente por aí. Você vai precisar, principalmente, de: 



Estilete + Tinta de lousa + cola
 


Pintar cada uma com 2 camadas de tinta



Algumas caixas
Eu deixei secar cada mão de tinta por 6 horas. E, depois de secas, as caixas viraram telas para escrever o que você quiser com giz. Para reforçar ainda mais o nível 2 de ousadia, elas foram presas com fita dupla face na parede. Como são leves, não precisam de prego, nem furos, nem esses "pavores" que te fazem desistir de um projeto como esse. :)




O que escrever nas telas? O que a sua imaginação mandar! Na falta de inspiração, sempre existirá a Bossa Nova...


"Eis aqui este sambinha feito numa nota só.

Outras notas vão entrar, mas a base é uma só.

Esta outra é conseqüência do que acabo de dizer.

Como eu sou a conseqüência inevitável de você.

Quanta gente existe por aí que fala tanto e não diz nada,

Ou quase nada.

Já me utilizei de toda a escala e no final não sobrou nada,

Não deu em nada.

E voltei pra minha nota como eu volto pra você.

Vou contar com uma nota como eu gosto de você.

E quem quer todas as notas: ré, mi, fá, sol, lá, si, dó.

Fica sempre sem nenhuma, fique numa nota só."


Samba de uma nota só
Tom Jobim


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Mão na massa é isso aí

Sabe quando eu sei que um post aqui do blog deu certo? Quando eu recebo um e-mail ou comentário com mais dúvidas de como colocá-lo em prática. Isso quer dizer que tem alguém, em algum lugar aqui desse www, que comprou a idéia e resolveu colocar a mão na massa. Tem preço, isso? Tem não...



O maior cuidado que eu tenho quando sento pra escrever um post sobre um projeto é convencer pelo menos uma criatura a colocar a mão na massa na casa dela também. E concluir o projeto, fotografá-lo e escrever um texto sobre ele já é uma delícia. Mas, receber o retorno das pessoas que lêem o blog, seja nos comentários, no e-mail, twitter, faceboook, pombo correio e afins é impagável.



Há 4 dias, a Mayumi me mandou um e-mail elogiando a árvore de natal aqui de casa e me contou que tentou fazer igual na casa dela, mas que estava com dificuldade pra concluir o projeto. Putz, imagina o orgulho que senti, né? Pensei: "Rá! O post deu certo!". Mas agora não é a hora de tagarelar de alegria (sim, costumo fazer isso). Isso eu já fiz quando recebi o e-mail. Agora é a hora de dividir com você a história dela, até porque a gente tinha um problema "estrutural" pra resolver às vésperas do Natal.


A Mayumi me contou que não tinha entendido que as garrafinhas de vinho usadas aqui em casa eram pequenas e tentou fazer o projeto com as garrafas de vinho de tamanho normal. Com o peso das garrafas, a árvore não parou de pé. Foi então que ela me procurou pedindo ajuda.


De primeira, achei que seria bem difícil a árvore parar de pé mesmo, pois imagina o peso dela! Mas pensamos em algumas saídas, trocamos dois ou três e-mails e o milagre Natalino se fez presente! E não é que a persistência da moça valeu à pena? O Natal na casa dela também teve direito à árvore de natal ecologicamente correta e ainda com toque pessoal: estrela no topo e pisca-pisca colorido.






Taí a árvore da Mayumi. Falar mais o quê? Espero que todos tenham tido um ótimo Natal. :)


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Projeto em fase de distanciamento crítico

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Sabe uma coisa que eu queria muito? Eu queria conseguir postar aqui todo santo dia! E não é por falta de idéia não, porque a cabeça aqui vive cheia de "macaquinhos no sótão", como descreveria o Ziraldo.





Com esses quase 3 meses de blog, andei descobrindo que, quando se trata de projetos "faça você mesmo" na nossa casa, o talento artístico pra coisa fica totalmente em secundo plano. Sério! Porque eu recebo alguns e-mails de pessoas queridas que me escrevem contando que adorariam fazer mudanças em casa, mas culpam a falta de "talento" e "habilidade" por não conseguirem. Quando, na verdade, eu tô percebendo que e os 2 fatores que não podem faltar nesses projetos são: "paciência" e "distanciamento crítico".















Paciência: enquanto você estiver com ela ao seu lado, as chances de você concluir uma projetinho bem acabado é imensa. Se perder a tal da paciência, é melhor parar, guardar tudo e começar outro dia ou num outro momento quando ela estiver de volta. Quando você entende isso, tudo o que te resta a fazer é o que eu chamo de PPP - Pausa Pela Paciência.




















Distanciamento crítico: tem vezes que dá uma sensação de que o negócio não vai render, né? A gente olha pro projeto e já sabe que vai ser uma derrota, o coitado... Mas tem vezes que acontece o contrário: você têm uma idéia na cabeça e, no meio do projeto, o "meio" fica tão bom que você quer parar por ali e não concluir o que você tinha em mente primeiro. O distanciamento crítico funciona pra mim pra eu decidir, um tempo depois, em qual dos dois casos acima o projeto vai se encaixar. Tem vezes que o que ele precisa é de um descanso mesmo.


E é por isso que eu demoro tanto pra postar. Porque, assim como a maioria, eu acho que não levo jeito, sou desastrada (é sério, não é charme não!) e me falta sempre tempo. É assim que os posts nascem, lentamente, após um longo trabalho de parto: fazendo uso de muitas "PPPs" e "ditanciamentos críticos".


E a angústia sentida pela escassez de posts acabou sendo abraçada pela idéia de que, pelo menos assim, desenvolvi um método de colocar os projetos em prática. Tudo o que eu precisava era de um método. Você tem um? Taí uma coisa que eu queria saber...



OBS: As fotos que você viu aqui são de um projeto que está passando por um "Distanciamento Crítico". Ele começou no domingo passado mas, no meio dele, achei essa pintura cheia de falhas o máximo. As falhas e gotinhas de tinta - indesejadas por muitos - me conquistaram, não sei por quê! Então, antes de dar as duas últimas mãos de tinta que faltavam, resolvi parar por aí, por enquanto.


























De qualquer forma, não importa a decisão, divido com vocês o passo a passo em breve... e com novidades. :) 
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Vida na parede pra tudo quanto é gosto - VINTAGE

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Pôsters vintage são o meu xodó. Aqui tem alguns dos meus favoritos pra você se esbaldar. Gostou de algum? É só clicar na imagem que ela vai abrir grandona em outra janela pra você baixar.




  


Pra que esse post não dure uma eternidade, o restante tá aqui, ó:


  


  


  


 
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Vida na parede pra tudo quanto é gosto - ALL TYPE

Para quem não conhece a expressão "All Type", eu traduzo: são essas artes que têm a tipografia como o carro chefe. Ou seja: aqui, a estrela é o texto, a mensagem. Eu acho que esse estilo rende muita coisa boa! Gostou de alguma? É só clicar na imagem que ela aparece em alta resolução em outra janela pra você baixar. Divirta-se. :)




   


Pra que esse post não dure uma eternidade, o restante tá aqui, ó:


  


   


  


 

Fique por aqui e passeie por outras histórias. :)