Lembra do chá de panela da minha grande amiga Fern? Pois sim, 2 meses se passaram desde aquela farra e o dia "D" finalmente chegou! No sábado passado, a Fern e o Rafa se casaram ♥. Ou melhor: casaram pela 3a vez e festejaram com os amigos. "Mas como assim? Casaram pela 3a vez? São ciganos? São ricos?". Pelo contrário, meu caro e minha cara. Os três dias de festa foram a solução para um casamento que, mesmo com a grana curta, conseguisse receber todas as pessoas queridas. O 1o, somente no civil, reuniu num pequeno cartório somente os parentes mais próximos e os padrinhos que assinariam os papéis. No 2o casório, a mãe do noivo ofereceu um almoço delicioso para os parentes e padrinhos. Foi um evento mais formal e restrito, dedicado aos "adultos" (você sabe o que eu quero dizer rs). E, por fim, nesse sábado foi dia da comemoração dos amigos com direito à música, drinks, comidinhas e, é claro, decoração. :)
Como a mãe do noivo mora em uma espaçosa casa na Gávea, ela gentilmente emprestou o espaço para a comemoração e até viajou. Ou seja: deixou o território livre para a festança. A ideia inicial era fazer um casamento ao ar livre, no jardim da casa. Mas São Pedro não gostou muito dessa ideia e resolveu nos presentear com 3 dias seguidos de chuva, para desespero da noiva ansiosa. No entanto, parece que São Pedro entende mais de decoração de casamento que a gente, pois ter chovido foi a melhor coisa que aconteceu! No fim das contas, a dinâmica da festa acabou ficando muito melhor dentro de casa, pois ficamos mais perto do banheiro, do bar e da cozinha. Quando percebemos que a chuva não ia dar trégua, tentamos convencer a Fern(anda) a assumir logo que seria um casamento indoor. Ou seja: vamos fazer o melhor que pudermos dentro de casa! É melhor do que deixar tudo lindo lá fora e, no caso de chuva, todo mundo ter que ficar lá dentro, com cara de festa americana. Como não tinha muita escolha, a noiva se conformou com a mudança de planos. Aliás, mudança de planos na véspera do casamento pode enlouquecer a vida de qualquer noiva, não é mesmo? Mas as madrinhas e melhores amigas estavam lá pra isso, para segurarem a onda e fazerem de tudo pra deixar as coisas do jeitinho que ela esperava.
Quando começamos a planejar o casamento, já sabíamos que a grana para a decoração era curta (ou quase nula), pois a prioridade dos gastos foram dos quitutes, música e bebidinhas. Como os verbos comprar e alugar não seriam uma opção, resolvemos investir nossas fichas no verbo buscar. Antes do casamento, conversamos com nossos amigos mais próximos para saber o que cada um poderia emprestar para o casório. Valia desde copo de requeijão para servir de vasinho de flor até uma escada descascada que daria uma charmosa estante de flores. E assim foi. Em vez de gastar dinheiro com compras, gastamos dinheiro com um frete que, na véspera, passou na casa de todo mundo recolhendo os itens de decoração: mesinhas de apoio, mesa de carretel, escadas, luminárias, malas antigas, piscas e até molduras entraram no pacote!
Apesar da chuva, o clima no Rio era quente. Por isso, leques de madeira foram o brinde para as mulheres. Onde compramos os leques? Não compramos! Eles foram sobra do brinde de casamento da irmã de uma das amigas, que aconteceu há 5 anos. Quem guarda tem... sempre tem. :)
As borboletinhas recortadas em cartolina foram pensadas para ficarem no jardim, em um lindo muro de heras. Com a mudança de planos, elas foram uma boa saída para a parede acima do sofá, ocupando o lugar dos quadros, que foram devidamente guardados. Apesar de ser um casamento de dia, como o tempo estava bem feio e era na parte de dentro da casa, tivemos que pensar em uma iluminação para deixar o clima mais aconchegante. Nada de luz do teto! A iluminação certa já é 70% do caminho, na minha humilde opinião. Piscas, luminárias improvisadas e até um ventilador antigo deram conta do recado. Atrás do sofá, por exemplo, uma lâmpada destacava as borboletas na parede. Já como mesinhas de apoio, usamos algumas malas antigas empilhadas e um criado mudo fez as vezes de cantinho de recados para os noivos. Os noivinhos de Lego que enfeitavam o bolo foram presente de uma amiga de infância que os trouxe de uma viagem.
Na mesa do bolo, livros e malas antigas davam o tom da decoração. Os livros também foram usados para os arranjos de mesa da varanda. No bar, uma placa de madeira pintada com tinta de lousa apresentava as opções de drinks. Reconheceu o banquinho de madeira e o carretel? Até os móveis da minha sala foram parar lá, graças ao frete! Aliás, teve uma hora, no meio do casamento, que fiquei procurando o Le pra cima e pra baixo e, quando o encontrei, ele tava sentado sozinho nesse cantinho com os móveis aqui de casa. Deve ter achado familiar, não sei... só sei que deu vontade de esmagar quando vi a cena.
Na hora das fotos com os padrinhos, as molduras vazias que enfeitavam a sala foram recolhidas e usadas para a brincadeira. Acredito que a carinha dos noivos nas fotos traduzem bem a doçura e emoção presentes naquele ambiente! Faltam palavras para descrever a alegria que todos nós sentimos em poder fazer parte desse momento com eles! No total, foram quase 12 horas de festa, com muita dança, comida, bebida e também emoção e alto astral incomparáveis. "Quem tem amigo tem tudo", afirmou a Fern durante seu discurso (claro que teve discurso!). E esse dia foi a prova viva de que um belo casamento se faz, acima de tudo, de GENTE! Gente que quer comemorar, gente que deseja o bem, gente que ajuda e que faz da felicidade do outro a sua própria felicidade.
E esse casamento foi assim. De 2 pessoas que se amam muito e de muita gente que ama essas 2 pessoas. <3
PS: E não é que tô tomando um gosto tremendo pelo prazer em fazer casamentos possíveis e com a carinha dos noivos? Vai casar? Conhece alguém que vai e precisa de uma ajuda com a decoração? Pois tô pensando em oferecer "meus serviços", que tal? Vou até repetir aqui o e-mail, vai que... né? :) É casadecolorir@gmail.com.
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